Praticamente desde a tomada de posse do actual governo ,começaram-se a ouvir vozes extremamente críticas sobre as opções do mesmo. Muitos deputados, comentadores, economistas e fiscalistas condenam as medidas recessivas empregadas pelo executivoe afirmam que estas são vão agravar a recessão económica do país. De facto, após anos de estagnação económica a economia regrediu 3,1% este ano. A pergunta impõe-se: se todos os entendidos na matéria apontam para o fracasso das medidas tomadas porque razão o governo, dotado de elementos especializados na área da economia e com experiência reconhecida, insiste em prosseguir com as mesmas? A explicação é tão simples quanto desconcertante.
Recorrendo às leis básicas da economia, presentes num comum manual de 10º ano, retirei a seguinte citação: “O investimento, ao aumentar o capital técnico do país, a partir dos recursos disponíveis, faz aumentar as possibilidade de produção no futuro, contribuindo, assim, para os crescimento, a longo prazo, da economia.” Partindo deste pressuposto, porque motivo o governo não toma medidas no âmbito do investimento, incentivando-o, criando condições atractivas para a realização do mesmo? É que ainda recentemente, o prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz referiu que nunca se verificou que medidas recessivas tenham resolvido crise alguma. Precisamente em 1930, deu-se uma das maiores crises económicas de sempre, só equiparável com a actual, e o Presidente Franklin Delano Roosevelt deu início a um programa de obras públicas para incentivar a economia. Os Estados Unidos acabaram por só sair da crise através da 2ª Guerra Mundial, mas isso é história para outra altura. Política semelhante teve José Sócrates, porém com efeitos nefastos, pois além de ter endividado o país para concretizar esta doutrina , muitos dos investimentos não foram bem calculados, não foram produtivos e geram custos de manutenção astronómicos para o país.
Os governantes portugueses não são ignorantes e conhecem bem esta realidade. O objectivo primordial é conseguir realizar e atrair investimento, pois só assim se sai de uma crise. Contudo Portugal não tem capacidade de financiamento, tem necessidade de financiamento. E o grande problema é que as condições a que somos sujeitos para a obtenção do mesmo são insustentáveis. Se calhar muitos pensam porque é que em alternativa ao investimento público, não se baixam os impostos para incentivar o privado? A verdade é que Potugal já deixou passar a oportunidade para o fazer e neste momento não tem qualquer margem de manobra para empregar essa estratégia. Tomar uma opção dessas neste momento resultaria no estrangulamento total do financiamento ao país e às instituições bancárias, e o estado não reúne as mais ínfimas condições para substituir o papel dos credores externos no financiamento da economia. O que fazer? Exactamente aquilo que o governo está a fazer: dar mostras de querer pagar a dívida e fazer esforços para que isso aconteça, com o objectivo de obter crédito em condições ideais para poder financiar a economia e colocá-la de novo a crescer. Porém, a desconfiança dos mercados aumenta e continua a atingir máximos históricos por uma simples razão: não sendo as medidas de austeridade acompanhadas de medidas de incentivo ao crescimento económico a única coisa que irá acontecer é a retracção ainda maior da economia e esta perspectiva faz com que os juros subam no imediato. As medidas do lado do incentivo económico também não surgem porque o estado não pode reduzir os impostos (sob pena das consequências que enunciei anteriormente), não tem recursos próprios para realizar investimento público e não consegue criar a credibilidade necessária para que os mercados nos vendam dinheiro barato. Tudo isto afunda ainda mais o país e faz aumentar a desconfiança. É o que se costuma dizer, uma pescadinha de rabo na boca. Uma ferramenta essencial para fazer face a este tipo de cenário é uma moeda própria, que se pode desvalorizar para aumentar exportações e diminuir importações, mas também não a temos. Resumindo: a economia precisa de financiamento e de incentivo ao crescimento, o estado não tem recursos nem credibilidade para o fazer, luta por a recuperar e ainda se enterra mais. Hoje os juros atingiram um record histórico: 14,754% a dez anos e a cinco anos 19,798%.
Sendo assim que soluções existem? Pois, eu também não sei e parece que ninguém sabe. Mas é por isso mesmo que muitos afirmam que este problema carece de uma resposta colectiva, veemente e célere por parte dos países que pertencem à União Europeia.
Recorrendo às leis básicas da economia, presentes num comum manual de 10º ano, retirei a seguinte citação: “O investimento, ao aumentar o capital técnico do país, a partir dos recursos disponíveis, faz aumentar as possibilidade de produção no futuro, contribuindo, assim, para os crescimento, a longo prazo, da economia.” Partindo deste pressuposto, porque motivo o governo não toma medidas no âmbito do investimento, incentivando-o, criando condições atractivas para a realização do mesmo? É que ainda recentemente, o prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz referiu que nunca se verificou que medidas recessivas tenham resolvido crise alguma. Precisamente em 1930, deu-se uma das maiores crises económicas de sempre, só equiparável com a actual, e o Presidente Franklin Delano Roosevelt deu início a um programa de obras públicas para incentivar a economia. Os Estados Unidos acabaram por só sair da crise através da 2ª Guerra Mundial, mas isso é história para outra altura. Política semelhante teve José Sócrates, porém com efeitos nefastos, pois além de ter endividado o país para concretizar esta doutrina , muitos dos investimentos não foram bem calculados, não foram produtivos e geram custos de manutenção astronómicos para o país.
Os governantes portugueses não são ignorantes e conhecem bem esta realidade. O objectivo primordial é conseguir realizar e atrair investimento, pois só assim se sai de uma crise. Contudo Portugal não tem capacidade de financiamento, tem necessidade de financiamento. E o grande problema é que as condições a que somos sujeitos para a obtenção do mesmo são insustentáveis. Se calhar muitos pensam porque é que em alternativa ao investimento público, não se baixam os impostos para incentivar o privado? A verdade é que Potugal já deixou passar a oportunidade para o fazer e neste momento não tem qualquer margem de manobra para empregar essa estratégia. Tomar uma opção dessas neste momento resultaria no estrangulamento total do financiamento ao país e às instituições bancárias, e o estado não reúne as mais ínfimas condições para substituir o papel dos credores externos no financiamento da economia. O que fazer? Exactamente aquilo que o governo está a fazer: dar mostras de querer pagar a dívida e fazer esforços para que isso aconteça, com o objectivo de obter crédito em condições ideais para poder financiar a economia e colocá-la de novo a crescer. Porém, a desconfiança dos mercados aumenta e continua a atingir máximos históricos por uma simples razão: não sendo as medidas de austeridade acompanhadas de medidas de incentivo ao crescimento económico a única coisa que irá acontecer é a retracção ainda maior da economia e esta perspectiva faz com que os juros subam no imediato. As medidas do lado do incentivo económico também não surgem porque o estado não pode reduzir os impostos (sob pena das consequências que enunciei anteriormente), não tem recursos próprios para realizar investimento público e não consegue criar a credibilidade necessária para que os mercados nos vendam dinheiro barato. Tudo isto afunda ainda mais o país e faz aumentar a desconfiança. É o que se costuma dizer, uma pescadinha de rabo na boca. Uma ferramenta essencial para fazer face a este tipo de cenário é uma moeda própria, que se pode desvalorizar para aumentar exportações e diminuir importações, mas também não a temos. Resumindo: a economia precisa de financiamento e de incentivo ao crescimento, o estado não tem recursos nem credibilidade para o fazer, luta por a recuperar e ainda se enterra mais. Hoje os juros atingiram um record histórico: 14,754% a dez anos e a cinco anos 19,798%.
Sendo assim que soluções existem? Pois, eu também não sei e parece que ninguém sabe. Mas é por isso mesmo que muitos afirmam que este problema carece de uma resposta colectiva, veemente e célere por parte dos países que pertencem à União Europeia.
Isto só tem uma solução.
ResponderEliminarARMAS PRÓ POVO, ARMAS PRÓ POVO.
eh eh eh
A estratégia passará pela recuperação do sector primário (agricultura e pescas, e a partir daí desenvolver os outros sectores.
ResponderEliminarAvonimo janeiro 28
ResponderEliminarVerdade verdadinha cá na minha opinião, a solução será mesmo UM TIRO CERTO,
EM CERTOS...