Analisando chefia deste governo de coligação PSD-CDS, há muitas analogias que se podem fazer. Contudo, aquela que me parece mais evidente é a semelhança do primeiro-ministro com aquele respeitado campeão de boxe - Mike Tyson.
Esta comparação pode parecer rebuscada, mas analisando bem encontram-se semelhanças evidentes: Paços Coelho está para o mundo da política quase como Mike Tyson para o do boxe. Todos sabemos, que esta estrela do mundo do boxe é conhecida pela sua violência extrema (arrancou a orelha a um adversário à dentada) e pelos Knockouts em tempo record. Ora, Paços Coelho é também conhecido pela frieza e violência, caracterizada em discursos crus desde os tempos de campanha eleitoral. Ainda assim, os portugueses cansados de um discurso político condimentado ao ponto de iludir a realidade optaram por mudar para uma receita mais natural, que não fosse tão agressiva para o estômago… Porém, Paços extrapolou esse princípio e passou a servir um prato completamente cru aos Portugueses. Escusado será dizer que os extremos nunca foram benéficos para ninguém.
Outra semelhança que encontro entre o Primeiro-ministro e este histórico atleta é que Paços, à semelhança de Tyson, está prestes a conseguir impor um Knockout implacável aos Portugueses em tempo record – apenas seis meses.
Em 2011, a economia portuguesa retraiu-se 3,1%, o consumo das famílias diminuiu 6% em termos globais e 40% relativamente a bens duradouros (um resultado sem precedentes), o emprego aumentou 1,8% e situa-se em termos globais perto dos 13,2%, 30% se tivermos apenas em conta os jovens. Mas não é tudo, os analistas prevêm que só em 2012 as famílias percam 11% do rendimento disponível (isto após uma década inteira em que a classe média perdeu poder de compra todos os anos) e que mais 168 mil postos de trabalho desaparecerão até ao final do próximo ano. A juntar a tudo isto, em 2011 a taxa de inflação foi de 3,2% ou de 1,4% se não tivermos em conta as medidas de austeridade.
Ainda assim os portugueses dão sinal de ter alguns trunfos na manga: em 2011 a balança comercial ficou mais equilibrada, não só devido à diminuição das importações mas também devido ao aumentos das exportações.
Resta saber quem vai ganhar a batalha…
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